quarta-feira

Fear

Nesses momentos assim eu me pego pensando em uma besteira: que a gente desperdiça muita lágrima. Há tantas horas mais apropriadas pra chorar e a gente resolve desperdiçar isso em apenas um 'sofrimento por atencipação'. Na verdade nem é por atencipação, nem é sofrimento. É medo mesmo. E a gente tenta inventar motivos que escondam essa palavra. E quer jogar palavras por cima dela para camuflá-la. Porque a gente tem tanto medo de ter medo.E acaba tendo mais do que esperava. E o pior nem é o sentimento de medo, é o que ele traz. As reações, as consequências, as palavras mal ditas e mal explicadas. O problema é a impulsividade que o medo traz. É a louca que você faz parecer ser, é o desperdício de um choro. O problema é não saber a reciprocidade. O problema é o passado que não nos deixa viver o presente da melhor forma. O problema é o medo, de novo. É o medo das coisas se repetirem, é o medo da má interpretação e o medo da perda. Sabe onde a gente erra também? Se arrependendo. Isso acaba com qualquer ser humano. A gente erra em não querer mudar, em achar que todo mundo deve conviver com os nossos defeitos. Não, não deve. Ninguém é obrigado a suportar alguém, porque as vezes nem nós mesmos nos suportamos. A gente erra em deixar tudo pra depois. Mas a gente acerta também. Quando a gente pede desculpa, quando a gente procura reverter um erro ou qualquer coisa mal entendida. A gente acerta quando mostra que ama. Mas a gente acerta também quando ama e não demonstra. A gente diz que ama. A gente ama. A gente acerta quando tentar mudar também. Quando deixa a frieza de lado, quando resolve ser a pessoa mais maravilhosa de antigamente. Sabe quando a gente acerta? Quando ama. E só mais uma coisa. Não há momento, nem hora pra mostrar o quanto se precisa de alguém, o quanto se ama alguém. Eu vou só deixar um recadinho pra você no final desse texto e ai eu encerro por hoje, tudo bem? "Eu vou sentir sua falta nos próximos 15 dias como eu nunca senti, acredite". E vocês que não receberam um recadinho, se deliciem com as palvras confusas desse texto que é mais uma reação impulsiva do medo.

Dani Fechine